segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fragmento perdido da cronica de caim


AS PALAVRAS DE CAIM APÓS O DILÚVIO
É chegada a hora,
Minhas Crianças,
De me despedir da noite.
Porém saibam que não os abandono.
Aguardem a época em que me juntarei a vocês novamente
Após terem aprendido o preço
De sua vaidade, pecado e orgulho.
E marquem bem os sinais de minha volta
Pois não pretendo deixar os afazeres de minha casa
Para serem maculados pelas Crianças de Seth.

As Fúrias







  Eram personificações da vingança. Enquanto Nemesis punia os deuses, as Erínias puniam os mortais. Eram Tisífone  (Castigo), Megara (Rancor) e Alecto (Raiva Interminável).Viviam nas profundezas do tártaro, onde torturavam as almas pecadoras julgadas por Hades e Perséfone. Nasceram das gotas do sangue que caíram sobre Gaia quando o deus  Urano foi castrado por Cronos. Pavorosas, possuíam asas de morcego e cabelo de serpente (talvez daí a confusão com as górgonas). Mas ao contrário das Górgonas que eram belas, as fúrias jás nasceram horrendas e malévolas.
São elas:
Alecto: eternamente encolerizada. Encarrega-se de castigar os delitos morais como a ira, a cólera, a soberba, etc. Tem um papel muito similar ao da Deusa Nêmesis, com diferença de que esta se ocupa do referente aos deuses, Alecto tem uma dimensão mais “terrena”. Alecto é a Erínia que espalha pestes e maldições. 
Megara: que personifica o rancor, a inveja, a cobiça e o ciúme. Castiga principalmente os delitos contra o matrimônio, em especial a infidelidade. É a Erínia que persegue com a maior sanha, fazendo a vítima fugir eternamente.Terceira das fúrias de Ésquilo, grita ininterruptamente nos ouvidos do criminoso, lembrando-lhe das faltas que cometera.
Tisífone: a vingadora dos assassinatos (patricídio, fratricídio, homicídio…). É a Erínia que açoita os culpados e enlouquece-os.
     As Erínias são divindades ctónicas  presentes desde as origens do mundo, e apesar de terem poder sobre os deuses, não estando submetidas à autoridade de Zeus, vivem às margens do Olimpo, graças à rejeição natural que os deuses sentem por elas (e é com pesar que as toleram, pois devem fazê-lo). Por outro lado, os homens têm-lhe pânico, e fogem delas. Esta marginalidade e a sua necessidade de reconhecimento são o que, segundo conta Ésquilo, as Erínias acabam aceitando o veredicto de Atena, passando mesmo por cima da sua inesgotável sede de vingança. Eram forças primitivas da natureza que atuavam como vingadoras do crime, reclamando com insistência o sangue parental derramado, só se satisfazendo com a morte violenta do homicida. Porém, posto que o castigo final dos crimes é um poder que não corresponde aos homens (por mais horríveis que sejam), estas três irmãs se encarregavam do castigo dos criminosos, perseguindo-os incansavelmente até mesmo no mundo dos mortos, pois seu campo de ação não tem limites. As Erínias são convocadas pela maldição lançada por alguém que clama vingança. São deusas justas, porém implacáveis, e não se deixam abrandar por sacrifícios nem suplícios de nenhum tipo. Não levam em conta atenuantes e castigam toda ofensa contra a sociedade e a natureza, como por exemplo, o perjúrio, a violação dos rituais de hospitalidade e, sobretudo, os assassinatos e crimes contra a família. As Erínias são representadas normalmente como mulheres aladas de aspecto terrível, com olhos que escorrem sangue no lugar de lágrimas e madeixas trançadas de serpentes, estando muitas vezes acompanhadas por muitos destes animais.Aparecem sempre empunhando chicotes e tochas acesas, correndo atrás dos infratores dos preceitos morais. Na Antiguidade, sacrificavam-lhes carneiros negros.